Hoje, dia 19 de agosto é o Dia da Fotografia, e desde ontem estou pensando em um texto para essa data. Sem a fotografia, grande parte da memória da humanidade estaria restrita apenas à escrita e à oratória. Mas e o desejo de registrar nossos traços? E a saudade de uma paisagem? E a alegria de rever o rosto do seu filho?
E os fatos históricos, tão bem registrados e documentados? A fotografia traz uma imensidão de sentimentos: saudade, alegria, ternura, raiva, revolta, contemplação, questionamentos. Ela é documento, é arte, pode ser o que você quiser. Está no negativo, no papel, no digital.
Trabalhar com fotografia, essa ferramenta tão mágica, com o poder de parar o tempo, é um privilégio. Sempre digo, e causo risos quando discordo completamente, quase revoltada, de Roland Barthes, quando ele afirma que a fotografia é a morte. Como algo que me faz reacender pode ser a morte? Algo que amo tanto, que me faz querer trabalhar com isso todos os dias, que me faz contemplar, me dá descanso, um hobby... Mesmo depois de 18 anos entre estudos e trabalho, ainda quero mais: fazer mais registros, respirar mais, mergulhar mais, descobrir mais…
Quero que todos sintam o que eu sinto. Fico empolgada quando falo da fotografia impressa para as crianças, quando trabalho com processos antigos, quando quero entender tudo sobre inteligência artificial. Sou curiosa, até atrevida. Desejo que você sinta esse pulsar, que você aprecie as obras de Sebastião Salgado, @walterfirmo, @vikmuniz, mas que também conheça a @evelengouvea, @claudiarohsner, @biancamattosfotografia, @giullimandarinofotografia, @reginareisfotografia, Richam Samir, entre tantos outros que admiro. Que você olhe os retratos dos seus familiares, as fotos dos artistas, dos fotojornalistas, e entenda que a foto é mais que uma imagem: ela é documento, ela é arte, ela é o curativo para a saudade, a pílula de alegria, a gotinha de lágrima. A fotografia é potência, é informação, é parte de mim, de você, de toda a nossa história desde que foi criada. Ela é presença, e nunca ausência.